Sobre a biografia romanceada de Eufrásia Teixeira Leite, o grande amor de Joaquim Nabuco.
A amizade entre o diplomata Joaquim Nabuco e Eufrásia Teixeira Leite começou quando eles tinham, respectivamente, 13 e 12 anos de idade. As famllias estavam entre as nobres da corte em meados do século XIX e participavam juntas das cerimônias imperiais restritas à fina flor da sociedade da época.O primeiro contato enamorado entre os futuros amantes deu-se no verão de 1862, numa regata promovida pela Marinha em homenagem ao Marquês de Pombal, no Rio de Janeiro. Foi o início de uma intensa troca de correspondência entendida pelos dois como um namoro à distância. A relação seria retomada cinco anos depois, quando Joaquim Nabuco já terminava o curso de Direito e Eufrásia se inteirava dos negócios do pai. Passaram a viver um discreto romance, mantido sempre em segredo. A surpreendente história dessa filha da elite cafeeira é agora contada em forma de romance no livro "Mundos de Eufrásia", da escritora Cláudia Lage (Editora Record).
Eufrásia ficou conhecida como a "sinhazinha de Vassouras", cidade fluminense onde nasceu. Ainda moça, perdeu a mãe, o pai e depois a única irmã, tornando-se herdeira universal da fortuna da família. Administrou-a com rara competência, especialmente em um mundo em que as mulheres eram educadas para o lar. Mas esse não foi o caso das irmãs Teixeira Leite: elas tiveram anos de estudo e um pai que as incentivava a desen-
volver o pensamento lógico. Ele as queria empreendedoras. "Minhas filhas precisam saber contar dinheiro e ter noção do que lhes pertence", dizia Joaquim Teixeira Leite. Eufrásia multiplicou seu patrimônio e foi uma das .primeiras mulheres a frequentar a Bolsa de Val ores de Paris, onde era investidora.

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