sábado, 11 de dezembro de 2010

PARA QUE VOCÊ VEIO AO MUNDO?


                     LI a crônica  “Os ricos pobres” ( livro “Doidas e Santas”, Martha Medeiros), em que ela faz referência a uma classificação de Washington Olivetto sobre as pessoas. Segundo ele, há os ricos-ricos (que têm dinheiro e cultura, investem nessa cultura, na educação, nas viagens, propagam o que conhecem e divulgam bons hábitos); os pobres-ricos (que não têm dinheiro, mas são agitadores intelectuais, captam boas e novas ideias, divulgam a cultura, são criativos, efervescentes e abertos) e os ricos-pobres (que têm dinheiro, mas não gastam um tostão em cultura, apenas torram em futilidades e propagam a ignorância, a grosseria, a arrogância, o atraso e a pobreza de espírito).  Os dois primeiros grupos fazem com que uma nação se desenvolva, mas são minoria, infelizmente. O último...bem, deixa pra lá.
                      A referida crônica me fez lembrar de uma classificação  que eu fiz, ao conversar com amigos  sobre o tema “para que viemos ao mundo”:
 *  Há os que vêm a serviço, isto é, estão sempre trabalhando, produzindo, fazendo algo por si mesmos, pela família, pela sociedade e deixam  sua marca na memória dos que com eles conviveram.
*   Há os que vêm para passar trabalho: lutam, sofrem, são vítimas de injustiças sociais, de doenças, de defeitos físicos, enfim, são pessoas cuja vida é difícil (às vezes nem é vida). Muitos são corajosos, vão á luta, apesar de tudo. Outros sucumbem, só se lamentam e se arrastam até o fim.  Deixam atrás de si o exemplo do que é coragem ou do que é fraqueza de espírito.
*  Há os que vêm a passeio, pois, ou têm tudo, não precisam trabalhar, a vida para eles é uma festa,  só enxergam o seu próprio umbigo (os outros não existem ou existem para ser úteis a eles, aí estão as Paris Hilton da vida, como exemplo); ou não têm nada e não fazem questão de ter, não trabalham, vivem da caridade alheia, dão sempre um jeito de sobreviverem. Não contribuem com nada para o mundo, nem deixam nada como lembrança de sua passagem.
* Há os que vêm para incomodar: aí se encontram os que só atormentam a vida de seus semelhantes (ladrões, assassinos, traficantes, estupradores, enfim, criminosos em geral). São membros da parcela da sociedade que causa todos os tipos de problemas que tornam a vida das demais pessoas mais difícil ainda. Provocam a ira, o rancor, e todos só querem vê-los sumirem de vez. Não têm serventia para nada, perdoem-me os defensores dos direitos humanos.
* Há os que nem sabem para que vieram, porque passam a vida toda vegetando, limitando-se a fazer automaticamente o que precisam; não leem, não pensam, não participam, não auxiliam ninguém, não contribuem para crescimento algum. São, enfim, massas amorfas, vivem apenas porque estão vivas. O mundo passaria traquilamente sem eles.
                      Esta é a minha classificação.
                      É interessante que se pare, de vez em quando, e se pense no porquê de estarmos aqui e que marca vamos deixar da nossa passagem.

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