segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O DINHEIRO DA LOIRA

                     Há coisas que se lê e que nos levam a refletir sobre aquilo que alguns chamam de “desígnios de Deus”; outros, de “destino”, de “sorte”, ou outra coisa qualquer.
                    É o que estive pensando ao ler sobre Marilyn Monroe, loira linda, maravilhosa, a mais famosa de Hollywood, a mais amada até hoje, cuja imagem ,mesmo após quase meio século de sua morte, ainda rende milhões de dólares por ano.
                    Nascida em 1º de julho de 1926, de pai desconhecido e mãe esquizofrênica, passou boa parte da sua infância num orfanato, casou-se por três vezes, mas não teve filhos.  Quando começou a trabalhar no cinema, encontrou uma espécie de pai adotivo em Lee Strasbeg, seu professor de teatro, dono do mitológico Actor’s Studio, em Nova York. Mesmo com o sucesso alcançado com seus filmes, a loira não parece ter encontrado a felicidade que buscava, pois tornou-se viciada em álcool e tranqüilizantes, que acabaram levando-a à morte com apenas 36 anos. Apesar das várias versões sobre o assunto, desde assassinato pela CIA por causa do seu envolvimento com os irmãos Kennedy (John e Bob) até suicídio, o que houve mesmo foi que seu organismo, já muito castigado  por um processo de intoxicação que levou anos, simplesmente não aguentou mais uma overdose dos tranquilizantes Nembutal, Demerol e Librium, engolidos com champanha. E, assim, a menininha loira e linda, que era muito desejada, mas nunca fora amada, dormiu para sempre.
                                                  Os outros 25%, Marilyn deixou para sua psicoterapeuta Marianne Kris e, com a morte desta, foi para o Anna Freud Center, em Londres,  um centro psiquiátrico infantil fundado pela filha do pai da psicanálise. Diga-se de passagem, foi a parte melhor empregada!
                Assim, aquela linda garota loira,que muita gente vê por aí em todo tipo de coisas, foi uma pessoa solitária, apesar dos três casamentos, mas hoje faz parte do patrimônio afetivo da humanidade.  Quem a amou de verdade em vida? Talvez o seu segundo marido, o jogador de beisebol Joe DiMaggio que, durante vinte anos, pagou os arranjos de flores frescas que eram colocados sobre o túmulo dela, em Los Angeles. Depois, os fãs anônimos se encarregaram de colocar as flores,  que nunca faltaram.



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