sábado, 27 de agosto de 2011

NÃO É FÁCIL SER MUSA

       Esta é para os da “geração Beatles” ou para os que, embora não sendo, conhecem a história deles e apreciam suas músicas.
       
           Pattie  Boyd, era uma loirinha linda,que participou, encantou e amou famosos da época dos Beatles. Tanto, que foi a inspiradora de músicas como Something e Layla, a primeira de George Harrison e a segunda de Eric Clapton.
          A loirinha de enormes olhos azuis e pernas longas era o “look” perfeito para a época. Foi capa da Vogue por 3 vezes, mas desistiu da carreira de modelo quando casou, aos 21 anos, com George Harrison, o seu Beatle. Dele Pattie  diz:”Ele era minha alma gêmea. Eu achava que nos amaríamos pelo resto de nossas vidas.” George compôs para ela Something ( a segunda música mais regravada do mundo) e What is Life.
         Mas não era fácil ser mulher de um Beatle: “Eu era ingênua. Não me dei conta da enormidade do fato de ser casada com George. Era uma responsabilidade pesada.Ficávamos praticamente enclusurados para que notícias internas não vazassem.”   E este isolamento acabava por trazer oestresse, o uso excessvo de bebidas e drogas.  O uso da cocaína piorava o humor de George. Pattie começou a se sentir deixada de lado. O golpe fatal veio quando George se envolveu com Maureen, a esposa de Ringo Starr.
           Fragilizada, foi fácil deixar-se levar pelo assédio de Eric Clapton que não descansou enquanto não a tirou de George. “Eu era obcecado por Pattie.”, disse o próprio Clapton em suas memórias.A união dos dois durou dez anos, até 1989. Eric compôs para ela Layla e Wonderful Tonight. Segundo Pattie:” Tivemos uma paixão intensa, urgente, avassaladora.Mas com ele eu me sentia isolada.”  A solidão, as bebedeiras constantes de Eric, a baixa autoestima de Pattie, todo junto levou a um esgotamento da relação. E o final chegou quando ela se submetia a a fertilização in vitro: Eric lhe contou que engravidara outra mulher. O choque fez com que Pattie  o abandonasse. O garoto, Connor, morreu aos 4 anos de idade. Clapton o homenageou com o hit Tears in Heaven.
            Na época, Pattie estava com 45 anos, uma idade difícil para um recomeço: mergulhou num inferno silencioso, usou muita cocaína e álcool, perdeu até a carteira de motorista por direção perigosa. Era como se seu mundo estivesse desaparecendo.  Até que resolveu-se a procurar um terapeuta e fazer um tratamento. A partir daí, decidiu  se reinventar: virou fotógrafa.   Hoje, suas imagens são expostas em várias partes do mundo.  Além disso, em 2007, publicou suas memórias, que intitulou Wonderful Today. O livro foi um sucesso nos Estados Unidos. ‘Eu queria escrevê-lo para as mulheres para mostrar a elas o que acontece quando você faz certas escolhas. Estou feliz por tê-las vivido e por ter sobrevivido ilesa - até pelo menos onde eu se!”
           Fora da bolha de celebridade, ela pode viver uma vida normal. “Hoje eu adoro a vida! Percebi que ela é maior do que aquele pequeno casulo no qual eu vivia.”  Aos 67 anos, não tem nada de “vovó”: botas de camurça preta de saltos altos, blusa com recortes, unhas pintadas de cinza, cabelos longos e louros. Afinal, a mulher que dividiu sua vida com duas das maiores estrelas do rock da história e inspirou suas maiores canções românticas, nunca vai sair da moda!
              (Fonte: Kathy  Brewis, na revista LOLA, nº 10, julho de 2011)




 

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