Vamos desdobrar o título acima. Feliz
pressupõe felicidade. Aqui já começamos a ter um problema. O que é ser feliz?
Depende de muitas variáveis como idade, situação econômica, estado civil, saúde.
Uma criança poderia ser feliz com um sorvete. Um jovem com uma bike. Um adulto
com um abraço da pessoa amada. Um idoso com um almoço com a família. Das
cavernas até agora, nossa percepção de felicidade tem mudado drasticamente.
O que é mesmo ser feliz hoje? Voltemos
ao título. Um ano são 365 dias. Óbvio? Nem tanto, pois vivemos o aqui e agora.
O passado não existe a não ser quando voltamos a ele para aprender com nossos
acertos e erros. O futuro não veio a não ser quando sonhamos e planejamos. Qual
o tempo que interessa para a nossa felicidade? Quantos minutos, horas, são
necessários para que vivenciemos um sentir-se feliz? Nós queremos a felicidade
todo o ano ou quando possível?
E a última palavra do título é a mais
instigante pois nos mostra a necessidade de mu-
dança,
de transformação, de reforma íntima, de renovação. O novo novamente! Meu dese-
jo
é que cada um possa ser feliz do jeito que der. De preferência, com mais
espiritualida- de. Com mais amorosidade pelo outro e por si. Contemplar o
Universo e o átomo como essências de mesma causa. Ser feliz como os lírios do
campo o são. Como os pássaros que nos encantam. E quando decidires pela felicidade,
esse será o momento certo de acreditar mais em si, na potencialidade para
mudar, na possibilidade de fazer o bem.
Espero que, de novo, no próximo ano, prometas
que vais realizar um monte de coisas.
Mas
o meu desejo mesmo é de que pelo menos uma promessa possas cumprir: ser feliz!
Feliz
Ano Novo!
(José Otávio Binato – Diário de
Santa Maria, 27/12/2015)
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