sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


TRÊS DÉCADAS SEM A ALEGRIA DE MANÉ
   Há exatos 30 anos morria Mané Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas 
  Ele nasceu Manoel Francisco dos Santos, mas foi imortalizado Mané Garrincha. Ídolo do Botafogo, da Seleção Brasileira, um dos maiores jogadores da história do futebol. Arisco, dono de dribles fáceis e impossível de ser caçado em campo – assim como o pássaro “Garrincha”, que inspirou o apelido com o qual se consagraria nos gramados. Gênio, craque, mito. São muitos os adjetivos para definir o talento do menino nascido em Pau Grande. Mané marcou a história do futebol e escreveu seu nome nos gramados, fintando adversários entre 1953 e 1972.

Uma vida curta e uma carreira eterna
   Colecionador de títulos e gols importantes, consagrado no Brasil e no exterior, em sua rica trajetória no futebol atuou em 718 jogos, com 283 gols marcados. Passou a maior parte da carreira jogando no Botafogo, clube que defendeu por 12 anos. Foi no Glorioso que viveu seu auge e ajudou a criar um dos maiores times da história alvinegra.   
   Pela Seleção Brasileira, ganhou os dois primeiros títulos mundiais do país, 1958 e 1962. No segundo foi responsável direto pela conquista. Em 61 jogos com a camisa amarelinha, Mané saiu derrotado apenas uma vez. Números expressivos que coroam e imortalizam a carreira de um jogador tão vitorioso.

O precursor do “futebol arte” 

  Pelo seu jeito irreverente de jogar futebol, com dribles desconcertantes e deboche aos adversários, Garrincha foi apelidado de “A Alegria do Povo”. O craque foi responsável, também, pela invenção da expressão “olé” no futebol, termo antes usado somente para Touradas. 
   No fim da carreira, Mané chegou a atuar por outros clubes. Com breves passagens por Corinthians, Flamengo e Olaria, o Rei do dribles encerrou seu ciclo no esporte.

“Aqui jaz em paz aquele que foi a Alegria do Povo”

   Com uma história brilhante dentro dos gramados, fora dele o Anjo das pernas Tortas não conseguiu driblar o alcoolismo. Em 20 de janeiro de 1983, vítima de complicações de uma cirrose hepática, faleceu aos 49 anos. No dia seguinte à sua morte, o poeta Carlos Drummond de Andrade, traduziu em palavras a dor alvinegra e de todos os amantes de futebol que, até hoje, reverenciam seu nome.
  “Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho”. 
                                                                                                                                      (Fonte: yahoo)
 
    Eu era menina quando a seleção brasileira de futebol venceu a Copa do Mundo de 1958  e lembro de toda a festa que se fez em torno dos jogadores , cujos nomes foram eternizados até em marchinhas de carnaval. Sei de uma escalação até hoje: Gilmar, De Sordi, Bellini, Zito, Nilton Santos e Vavá; Didi, Garrincha e Orlando; Pelé e Zagalo; por causa de uma letra de uma marchinha. E daí para a frente acompanhei pelas revistas, jornais (Alguém ainda lembra que na sessão do cinema local,  no domingo à noite, antes do filme passava um noticiário?), rádio, a façanhas do incrível jogador das pernas tortas  que fazia em campo o que faz hoje o Neymar e alguns outros endiabrados. Aliás, como o Mané não se diverte olhando lá de cima o que o Neymar faz e pensando em como seria bom se ele fosse o neto e herdeiro da sua magia especial com a bola!
    Garrincha é um exemplo daqueles casos em que uma pessoa nasce com um dom  para ser um rei no que sabe fazer, mas a falta de bom senso, do apoio adequado de alguém que tenha ascendência sobre ele,  faz com que o sucesso e os aproveitadores o levem para o caminho errado e à autodestruição.
      Deus esteja contigo Mané! Ensina os anjinhos a dar os fantásticos dribles que hoje eles chamam de "caneta", "elástico", ou sei lá o quê!... Tu já fazias isso por instinto!

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