terça-feira, 8 de maio de 2012

TERAPIA ONLINE


    Este é o título de um texto de Thais Szegö,no qual ela aborda o mais moderno tratamento  que está à disposição das pessoas hoje em dia. Nós podemos fazer compras pela internet e cultivar amigos por meio das redes sociais,além de várias outras coisas. E agora podemos também  fazer um tratamento psicológico usando a internet.
  Esta é uma modalidade de tratamento que só faz crescer atualmente. Mas será que todas as pessoas se disporiam a discutir seus dilemas com um profissional do outro lado do computador? O artigo aborda os pontos fortes e fracos da nova modalidade de tratamento.
   “Eu sabia que meu relacionamento não ia bem. Depois de uma crise, tentamos nos aceItar durante quatro meses, porém a conexão já havia se rompido. Precisava conversar com alguém, mas não queria me expor para amigos e familiares nem me via sentada diante de um desconhecido falando sobre a minha intimidade. Em uma noite sem dormir, descobri na intemet uma psicóloga que atendia online. Experimentei e me surpreendi ao perceber que, com a ajuda, comecei a organizar melhor meus pensamentos e encarei o medo de ficar sozinha. Pus um ponto final na relação e fiquei bem." Assim como a médica paulistana Janaína Braga, 32 anos, muitas pessoas estão recorrendo à terapia via computador. Prático, é: não tem trânsito para chegar ao consultório, os horários são flexíveis... Mas há muitas questões sobre a funcionalidade e a segurança do serviço.”, conta a médica paulistana Janaína Braga, 32 anos.
      Não há dúvidas de que é prático, pois os horários são flexí, não se precisa sair de casa e enfrentar o trânsito... Ma WS existem muitas questões sobre a funcionalidade e a segurança do serviço. 
    Uma simples busca retoma milhares de sites supostamente especializados - e ainda existem poucas leis que protegem os usuários.
A economista mineira Juliana  Ramos, 29 anos, recorreu a um deles depois de se sentir perseguida por uma chefe. "Tinha medo de tomar alguma providência e ficar sem emprego; então, a oportunidade de ser orientada sem sair de casa me pareceu uma boa", lembra. "Mas ele só me dizia para pedir demissão ou denunciar minha superior. Não se importava com as consequências e com meus sentimentos." Juliana recorreu ao Conselho Federal de Psicologia em busca de informações sobre o terapeuta e descobriu que era uma fraude. Depois de confrontá-la, veio a confissão: era um administrador de empresas que "sempre levou jeito para aconselhar as mulheres".
    Desde 2005, o Conselho Federal de Psicologia reconhece o atendimento psicoterapêutico e outros serviços psicológicos mediados pelo computador. Os sites que passam pelo crivo da entidade recebem um selo,que deve estar estampado na página de abertura. "Isso garante que o internauta será atendido por alguém habilitado. As páginas são fiscalizadas continuamente", afina o psicólogo paraibano Aluizio Lopes de Brito, conselheiro do CFP. "Diante de dúvidas ou denúncias, o paciente pode entrar em contato conosco." No primeiro ano de funcionamento, apenas um especialista pediu o aval do órgão. No ano passado, o número chegou a 85 e já são 180. Tanto que a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo criou uma disciplina dentro da faculdade de psicologia voltada para essa área. "Qualquer possibilidade de chegar a um indivíduo que está em sofrimento psicológico deve ser valorizada", opina o psiquiatra Luiz Cuschnir, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. 
      Não é de hoje que os especialistas se comunicam com os pacientes fora do consultório. Existem livros que mostram a troca de cartas entre Freud e Jung e as pessoas que eles atendiam. "Em 1994, quando ainda não existia internet, fiz um estágio nos Estados Unidos e vi que eram comuns as sessões de terapia realizadas por telefone quando o paciente estava impossibilitado de comparecer à consulta naquele determinado horário", ressalta Luiz Cuschnir. A ideia é que sejam tratados online apenas problemas menos complexos e pelo prazo máximo de dez consultas. "A modalidade também é indicada para brasileiros que moram no exterior e sentem-se mais acolhidos ao lidar com pessoas de seu país", afirma Rosa Maria Farah, fundadora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC de São Paulo. Casos pontuais também devem ser considerados. "Já atendemos uma moça que morava bem perto da clínica, mas era obesa mórbida e tinha síndrome do pânico, o que a impedia de sair de casa", conta Rosa. Mas os especialistas são unânimes ao afirmar que tratamentos mais complexos, como os distúrbios relacionados ao uso de drogas, pensamentos suicidas ou descontrole emocional, deve  ser abordados no consultório.

Como fazer para usar o serviço:
       Quem procura a terapia online regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia faz um cadastro que é submetido à aprovação. Depois, é preciso comprar créditos para as sessões e agendar a conversa. No dia certo, com uma senha, o paciente ingressa em uma sala de bate-papo com o psicólogo, podendo escolher a conversa por texto, vídeo ou e-mail. O site Psicologia Online (pol.org.br), ligado ao Conselho, traz a lista dos profissionais e esclarece dúvidas. O preço médio da sessão é 60 reais.

                                                                                                              (Revista Claudia, abril 2012)

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