Lendo a crônica "100 coisas", da Martha Medeiros (no seu livro "Doidas e Santas"), em que ela comenta a mania de se fazerem listas de coisas ou lugares que as pessoas precisam fazer ou conhecer, meditei sobre o assunto e cheguei a algumas conclusões. Uma, a de que é preciso ter bastante dinheiro para fazer algumas coisas de que gostaria; outra, a de que, nesta altura do campeonato, faltam-me saúde e disposição para algumas delas. Assim, optei por compor uma modesta lista de dez coisas que eu, em sã consciência, ou salvo alguma emergência desesperadora, não pretendo fazer de jeito nenhum. Aí vão elas:
1-Saltar de paraquedas, parapente, paraglider, buggyjump, ou qualquer outra coisa semelhante.
Voar é para passarinhos, senão nós nasceríamos com asas.
2-Entrar em minas, grutas profundas, ou similares. (Olha os mineiros do Atacama!)
3-Descer ao fundo do mar. Não perdi nada lá embaixo. Os seres esquisitos que lá vivem que fiquem
em paz.
4-Ir à Lua. Gosto só de olhá-la aqui da Terra. Deixo-a para São Jorge e seu dragão.
5-Comer escargô, caviar, sushi, carpaccio, ou qualquer outra coisa crua ou nojenta. Desculpem-me
os "gourmets".
6-Escalar montanhas ou similares. Não sou aranha para andar subindo por paredes.
7-Esquiar ou andar na neve. Perdoem os aficionados, mas ,para mim, neve é para pinguim, urso
polar e outros.
8-Andar de patins, skate, ou qualquer outra coisa com rodinhas deslizantes.
9-Viajar para países como Irã, Iraque, ou outros de crenças radicais. Os aiatolás que fiquem por lá.
10-Testar minha coragem em ‘brinquedinhos” como montanha russa, kamikaze, ou outros do gênero.
Acho que já é uma boa "profissão de fé". Aos poucos, outras me surgirão.
Até mais.
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