Na semana
passada, a nossa Capela São Jorge vivenciou as Missões Redentoristas, como parte
do trabalho que os padres missionários vinham realizando desde o mês de abril
em nosso município e nos vizinhos Capão do Cipó e Unistalda.
Certamente
este foi o evento mais importante e significativo dos últimos anos, pois muitas pessoas, inclusive
eu, ainda não haviam vivenciado tal experiência aqui em Santiago. Por isso, ele
movimentou centenas de habitantes das nossas comunidades dos bairros e centro, com um interesse e um
fervor ainda não constatado.
Acompanhei os acontecimentos de alguns bairros por comentários de
amigos. Mas, pelo que pude presenciar aqui na Vila Nova, faço uma ideia do que
sucedeu nas outras também. Pessoas que eu nunca tinha visto na igreja, e outras
que também pouco me viam, lotavam todas as noites a capela, além de participarem
das outras atividades diárias.
Muito do sucesso deve-se certamente aos trabalho dos missionários,
incansáveis.
Na
nossa comunidade São Jorge, a presença do Pe. Cláudio Luiz foi, sem a menor
dúvida, fundamental. Com o seu dinamismo, sua eloquência e veemência, ele foi o
motor que nos conduziu nesses oito dias de trabalho. Suas palavras nos
galvanizaram, emocionaram, estimularam, sacudiram e arrebataram, fazendo-nos
ver o quanto vivemos acomodados em nosso mundinho, fechados em nossas vidas,
distantes daquilo que Deus planejou para nós. E que é preciso sairmos de nós
mesmos para irmos ao encontro dos outros.
No
início, ele teve o auxílio do Pe. Dionízio que, logo depois, precisou ir
trabalhar com a comunidade da Vista Alegre, que ficava distante demais para
participar com a São Jorge. Mas, com a sua força e disposição, o Pe. Cláudio
Luiz conseguiu dar conta do recado muito bem.
Nos oito dias de atividades aconteceram caminhadas diárias de orações,
ás 6h30min, pelas ruas das imediações da capela (E olha que não é fácil cair
cedo da cama!). Houve palestras para crianças, jovens, casais, professores,
alunos; visitas a doentes e idosos que não podiam ir à capela; bênção do
Santíssimo; missas solenes todas as noites, na capela; procissão luminosa em
direção á Matriz, onde aconteceu a missa com a presença do bispo Dom Aluísio;
missa de encerramento no domingo com almoço após. Tudo isso num clima de
alegria, amizade, companheirismo, motivados pelo fervor despertado em nossos
corações.
Agora os missionários já se foram e cabe a nós que ficamos não deixar
morrer a semente que foi plantada. Eles não estão mais aqui para nos motivarem,
mas assuas palavras ficaram em nossos corações. E são elas que devem nos levar
para a frente. Precisamos colocar os pés no chão, refletir, meditar, conversar
e planejar o que iremos fazer para que a vivência religiosa em nossas
comunidades seja renovada e o espírito de missão permaneça, pois agora os
missionários somos nós.
É necessário os líderes de cada
comunidade se reúnam e planejem estratégias para levar adiante o que foi
iniciado. Os encontros pós-missão já estão definidos, depois vêm os orientados
pela diocese. Mas faz-se preciso que se dinamizem as atividades para que o
entusiasmo não esmoreça e as pessoas não se desinteressem e se dispersem
A continuidade vai depender dos grupos de família e da comunidade. E, em
especial, de cada um de nós, que precisamos estar conscientes de que não somos
mais os mesmos. Nós fomos chamados, recebemos um alerta, um convite para nos
tornarmos efetivamente filhos de Deus que trabalham para serem realmente
cristãos, irmãos que se preocupam com seus irmãos, que querem trabalhar pelo
bem de cada um e do Reino de Deus.
Porém, para isso será necessário desacomodar-se, deixar de lado por
algumas horinhas o conforto do nosso sofá em frente da TV ou a cadeira da
frente do computador, perder algum capítulo de novela ou jogo de futebol,
enfrentar o frio de vez em quando... Mas vamos lá! Afinal, pensem que os nossos
missionários redentoristas enfrentam isso todo dia! Nós não podemos fazer isso um ou dois dias
por semana??? Ou você ainda é daqueles
que só se lembram de Deus e Maria na hora do aperto??!!
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