Sem
questionar, é comum depositar nossa salvação, nossa felicidade e nossa segurança
no outro. Gostaria de propor a você uma reflexão sobre essa prática e
conscientizá-la de que tudo na vida deriva das próprias escolhas. Apoiar-se
em amigos e pessoas amadas é importante. Mas jamais espere encontrar neles a
solução para seus problemas. Não importa quanto seu coração esteja partido, só
você será responsável por consertá-lo.
(Marcia de Luca, revista CLAUDIA, setembro de 2015)
Conte com seus amigos sempre, cultive suas
amizades, mas sem expectativas maiores para sua felicidade. Eles enriquecem
nossa vida, mas não podemos depender exclusivamente deles. Contente-se com o que
podem oferecer reconheça o que existe de melhor em cada um. Sem fazer cobranças
e sem julgamentos. Assim, você não corre o risco de se decepcionar com as pessoas
quando não encontrar o que precisa nelas.
Vivemos em um mundo de aparências e
condicionamentos que nos são impostos desde o nascimento. Ao nos vermos livres deles, conseguimos entender que os amigos são como nós: seres humanos sujeitos a transformações com o passar do tempo. De alma leve, geramos uma energia de retorno para que aqueles que amamos também nos aceitem como somos e aceitem nossas mudanças durante a vida. Aliás, nos modificamos porque crescemos, porque evoluímos, e esse é o objetivo
final da vida, não é mesmo?
Ao controlar eu pensamentos, atos e ações em
direção a esse entendimento profundo de que precisa ter amigos, que eles enriquecem sua vida, mas não pode exigir nem esperar nada deles, você aprende a ser autosuficiente. Segundo as
antigas escritura indianas, os livros Vedas, a flexibilidade é o segredo
da imortalidade. Quando entender que existem dois lados para toda e qualquer situação,
você vai achar mais simples e viável moldar-se
à condições estabelecidas pelas circunstâncias.
Ao colocar-se do lado de quem dá apoio, é fundamental
reconhecer a sutil diferença entre dar a mão para ajudar alguém e acorrentar essa alma. Sim, porque, se deixamos
que outros nos aprisionem, nos tornando dependentes e submissas, muitas vezes fazemos
o mesmo com quem está ao nosso redor.
Portanto faça este exercício: aja e enfrente as consequências advindas de suas ações
sem recorrer a ninguém. Treinar a paciência pode ajudá-Ia a seguir sozinha.
Procure observar o que acontece à sua volta bem de perto. E também de longe, para
depois enxergar os fatos sob outro ponto de vista. Quando menos esperar uma reação
do outro, você pode ter grandes e agradáveis surpresas - que alegria sentir um
braço amigo a apoiá-Ia, assim, do nada!
Não se esqueça: mais importante que acalentar
amigos terrenos é acalentar seu maior amigo, aquele que habita seu coração, companheiro fiel de todas as horas.
(Marcia de Luca, revista CLAUDIA, setembro de 2015)
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