Este é o título de um texto de Thais
Szegö,no qual ela aborda o mais moderno tratamento que está à disposição das pessoas hoje em
dia. Nós podemos fazer compras pela internet e cultivar amigos por meio das
redes sociais,além de várias outras coisas. E agora podemos também fazer um tratamento psicológico usando a
internet.
Esta é
uma modalidade de tratamento que só faz crescer atualmente. Mas será que todas
as pessoas se disporiam a discutir seus dilemas com um profissional do outro
lado do computador? O artigo aborda os pontos fortes e fracos da nova
modalidade de tratamento.
“Eu sabia que meu relacionamento não ia bem. Depois
de uma crise, tentamos nos aceItar durante quatro meses, porém a conexão já
havia se rompido. Precisava conversar com alguém, mas não queria me expor para
amigos e familiares nem me via sentada diante de um desconhecido falando sobre
a minha intimidade. Em uma noite sem dormir, descobri na intemet uma psicóloga
que atendia online. Experimentei e me surpreendi ao perceber que, com a ajuda,
comecei a organizar melhor meus pensamentos e encarei o medo de ficar sozinha.
Pus um ponto final na relação e fiquei bem." Assim como a médica
paulistana Janaína Braga, 32 anos, muitas pessoas estão recorrendo à terapia
via computador. Prático, é: não tem trânsito para chegar ao consultório, os
horários são flexíveis... Mas há muitas questões sobre a funcionalidade e a
segurança do serviço.”, conta a médica paulistana Janaína Braga, 32 anos.
Não há
dúvidas de que é prático, pois os horários são flexí, não se precisa sair de
casa e enfrentar o trânsito... Ma WS existem muitas questões sobre a
funcionalidade e a segurança do serviço.
Uma simples busca retoma milhares de sites
supostamente especializados - e ainda existem poucas leis que protegem os
usuários.
A economista mineira Juliana Ramos, 29 anos, recorreu a um deles depois de
se sentir perseguida por uma chefe. "Tinha
medo de tomar alguma providência e ficar sem emprego; então, a oportunidade de
ser orientada sem sair de casa me pareceu uma boa", lembra. "Mas ele só me dizia para pedir
demissão ou denunciar minha superior. Não se importava com as consequências e
com meus sentimentos." Juliana recorreu ao Conselho Federal de Psicologia
em busca de informações sobre o terapeuta e descobriu que era uma fraude.
Depois de confrontá-la, veio a confissão: era um administrador de empresas que
"sempre levou jeito para aconselhar as mulheres".
Desde 2005, o Conselho Federal de Psicologia reconhece
o atendimento psicoterapêutico e outros serviços psicológicos mediados pelo
computador. Os sites que passam pelo crivo da entidade recebem um selo,que deve
estar estampado na página de abertura. "Isso
garante que o internauta será atendido por alguém habilitado. As páginas são fiscalizadas
continuamente", afina o psicólogo paraibano Aluizio Lopes de Brito,
conselheiro do CFP. "Diante de
dúvidas ou denúncias, o paciente pode entrar em contato conosco." No
primeiro ano de funcionamento, apenas um especialista pediu o aval do órgão. No
ano passado, o número chegou a 85 e já são 180. Tanto que a Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo criou uma disciplina dentro da faculdade de psicologia
voltada para essa área. "Qualquer
possibilidade de chegar a um indivíduo que está em sofrimento psicológico deve
ser valorizada", opina o psiquiatra Luiz Cuschnir, do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Não é de hoje que os especialistas se
comunicam com os pacientes fora do consultório. Existem livros que mostram a
troca de cartas entre Freud e Jung e as pessoas que eles atendiam. "Em 1994, quando ainda não existia internet,
fiz um estágio nos Estados Unidos e vi que eram comuns as sessões de terapia
realizadas por telefone quando o paciente estava impossibilitado de comparecer
à consulta naquele determinado horário", ressalta Luiz Cuschnir. A
ideia é que sejam tratados online apenas problemas menos complexos e pelo prazo
máximo de dez consultas. "A
modalidade também é indicada para brasileiros que moram no exterior e sentem-se
mais acolhidos ao lidar com pessoas de seu país", afirma Rosa Maria
Farah, fundadora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em
Informática da PUC de São Paulo. Casos pontuais também devem ser considerados. "Já atendemos uma moça que morava bem
perto da clínica, mas era obesa mórbida e tinha síndrome do pânico, o que a
impedia de sair de casa", conta Rosa. Mas os especialistas são
unânimes ao afirmar que tratamentos mais complexos, como os distúrbios
relacionados ao uso de drogas, pensamentos suicidas ou descontrole emocional, deve ser abordados no consultório.
Como fazer para usar o serviço:
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