Prova disso são as Lady Gaga, Paris Hilton, Madonna e, em terras brasileiras, as cantoras baianas. Todas têm em comum o amor pelo artificial e pelo exagero nas roupas, nas atitudes e até na aparência em geral. Basta olhar em volta e perceber que praticamente tudo o que se enxerga na mídia mundial passa pelo exagero, porque ele deixou de ser uma parte do mercado e virou o próprio mercado. No Brasil o exagero é o primo rico do brega.
O exagero não é uma coisa nova no mundo da arte, ele sempre apareceu, embora não com a força dos dias atuais. Carmem Miranda, por exemplo, pode ser considerada uma avó de Lady Gaga e das cantoras baianas de hoje. E Elke Maravilha poderia ter sido a mãe delas.
Refiro-me às cantoras baianas, porque parece que elas desistiram de competir apenas com a sua voz e passaram a querer mostrarem-se melhores que as outras também na aparência, sendo a mais bonita, a mais gostosa, a mais sarada, a que usa as roupas mais criativas (chegam a ter estilistas exclusivos).
As bandas também entraram nessa loucura e mostram integrantes cada vez mais extravagantes nas roupas e na maneira de dançar. Vejam a Joelma, da Calipso, que chama mais a atenção pela pouca roupa e pelo rebolado do que pela voz que, aliás, é fraquíssima.
Chacrinha foi considerado brega na sua época, depois virou “cult” e hoje seria perfeitamente normal o seu exagero. Na telinha, por exemplo, Sarah Jessica Parker, em “Sex and the City”, está mais para perua do que para estilosa. E até os estilistas, em seus desfiles de moda, vêm apelando para o exagero nos modelos que apresentam, a ponto de alguns parecerem mais alegorias de passarela de samba do que roupas para pessoas normais.
Este culto do exagero se tornou algo normal e corriqueiro na atualidade, As pessoas querem se destacar e, como a concorrência é muito grande, apelam para o excesso, seja na aparência, seja nas atitudes. O que importa é ser visto, ser notado. Nem que para isso se chegue ao ridículo. Todos querem ter os seus 15 minutos de fama a para consegui-los consegui-lo, vale tudo, pagam qualquer preço. Como disse Cícero :"O tempora, o mores!" (Ó tempos, ó costumes!)
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