As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
sobre um fundo de manchas já cor de terra
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta
acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a
própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
Francisco, meu pai. |
Florisbelo, meu sogro. |
Álvaro, meu avô. |
Manuel,meu avô. |
Ubiratan, meu ex-marido. |
Bertolo, meu ex-genro. |
José, meu cunhado. |
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